Por Silvana Hoffmann | especialista da FNQ
O planejamento estratégico é o processo pela qual as organizações estabelecem seus objetivos de longo prazo, alinhados a sua visão de futuro, de modo a alavancar sua competitividade e assegurar o seu sucesso no mercado. Envolve ações para a formulação das estratégias, implementação e monitoramento.
A denominação “mundo BANI” (Fragilidade, Ansiedade, Não-linearidade e Incompreensibilidade) considera a fragilidade, a ansiedade e a não-linearidade das mudanças, especialmente no cenário atual, marcado pela alta tecnologia e eventos imprevisíveis.
Realizar um planejamento estratégico nesse novo contexto, requer um acompanhamento constante, alinhado ao modelo de negócio da organização e ao ciclo de vida dos produtos e serviços. A clareza de atuação é especialmente importante no mundo BANI, promovendo um sentido para todos os seus integrantes, pois é no ciclo de planejamento que o propósito e demais diretrizes, como Visão e Valores são rediscutidos e validados.
Organizações maduras(*) em seu processo de planejamento tendem a considerar na etapa de formulação na:
– Análises do ambiente externo: aspectos relativos ao macro ambiente; ao setor de atuação e suas tendências; ao mercado de atuação e suas tendências; a identificação das contribuições relativas aos grandes temas mundiais e às gerações futuras, incluindo priorização de ações em relação aos ODS;
– Análises do ambiente interno: aspectos relativos aos ativos intangíveis, riscos, aspectos culturais, competências essenciais e necessidades de novas competências nos médio e longo prazos;
– Definição das estratégias: evidenciado por meio de um conjunto de objetivos estratégicos definidos a partir do resultado das análises dos ambientes externo e interno, dos requisitos das partes interessadas, da produtividade desejada, das externalidades, da sustentabilidade e do legado desejado para as gerações futuras.
Definidas as estratégias a próxima etapa é a de implementação que requer:
– Definição de indicadores de desempenho estratégico;
– Estabelecimento de metas estratégicas de curto e longo prazos considerando os referenciais comparativos pertinentes e os requisitos das partes interessadas;
– Análise de suficiência das metas estratégicas;
– Definição dos planos de ação;
– Desdobramento das metas e planos de ação para os processos e áreas da organização;
O monitoramento da implementação das estratégias é fundamental para assegurar o atendimento aos objetivos estabelecidos e permitir os redirecionamentos necessários em função das mudanças de ambientes, sem, contudo, perder o foco da estratégia.
Um planejamento estratégico efetivo, garante um direcionamento claro, promove o engajamento da força de trabalho e demais partes interessadas, otimiza a alocação de recursos, facilita a tomada de decisões, reduz riscos para o negócio, e aumenta a competitividade.
(*) Adaptado: Modelo de Excelência em Gestão – MEG, 22º Edição, da Fundação Nacional da Qualidade – FNQ