Webinar “Política industrial ainda faz sentido?”, com Antonio Lacerda
Assista ao webinar com Antonio Lacerda.
Na lógica globalista das cadeias de valor, países como a China tornaram-se as “fábricas do mundo”. Muitos, como infelizmente o Brasil, restringiram-se ao conforto de se colocarem como fornecedores de matérias-primas e alimentos não processados (commodities) e criaram excessiva dependência de importação de produtos industrializados.
Afora as consequências perversas da desindustrialização – a perda de empregos de qualidade, a vulnerabilidade das contas externas, a perda de arrecadação em meio à atual crise, um fator adicional evidencia-se: a questão da segurança no fornecimento.
Ao longo de décadas, a participação da indústria de transformação em proporção do Produto Interno Bruto (PIB) reduziu-se a cerca de 10%, quando, há apenas pouco mais de uma década, representava o dobro disso.
Reverter o processo de desindustrialização, promover a reconversão da produção para as necessidades mais prementes e reconstruir nossa capacidade técnica representam, ao mesmo tempo, um enorme desafio e, também, uma oportunidade a ser aproveitada.
No entanto, isso não se dará de forma automática, apenas pela decisão das empresas. É preciso construir um ambiente de políticas macroeconômicas e de competitividade para fomentar o processo. As boas experiências internacionais e mesmo a nossa pregressa nos dão boas indicações dos caminhos a serem seguidos.